quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Nosso país deixará o 3° Mundo quando nosso povo começar a agir como povo de 1° Mundo





Creio que a maioria das pessoas que usam a internet viram ou ficaram sabendo desses dois vídeos, mas assim mesmo farei um resumo: No primeiro uma senhora pobre, beneficiária do Bolsa Família, reclama que o valor mensal do benefício (que deveria ser voltado para a erradicação da fome e da pobreza extrema) não dava para comprar uma calça para a filha, já que a roupa custa 300 reais. No outro, um empresário esbanja toda a sua riqueza, mostrando sua Ferrari, seu gosto “refinado” e os limites que impõe a si mesmo quanto o assunto é o gasto em uma noite. Qual a relação entre eles? A relação entre eles é a seguinte: É o Brasil!
Nosso país é simplesmente a nação mais contraditória do planeta. E isso vem de séculos. Temos coisas e condições maravilhosas que andam de mãos dadas com coisas ridículas. Somos uma nação que, antes, conquistou a Independência sem uma guerra sangrenta, ao mesmo tempo que se tornou uma nação comandada pelo filho do rei que nos comandava anteriormente.  Agora, somos uma nação que deu ao mundo um fenômeno capitalista como Jorge Paulo Lemann, ao mesmo tempo que demos a esse mesmo mundo o Eike Batista, cuja carreira, hoje, em dia, nos permite dizer que sua maior conquista foi mesmo a Luma de Oliveira.
E qual é a grande contradição de hoje? Nossa contradição mais difundida, a nossa âncora, o nosso ponto do meio, aquele que não permite ir pra frente nem voltar atrás, é o Bolsa Família! Exato! Esse programa voltado para acabar com a fome e a miséria extrema simplesmente não funciona se pensarmos em termos de um futuro digno para a população em geral.
São vários pontos que confirmam essa afirmação. Podemos usar várias frentes de raciocínio para manter nosso argumento. Em primeiro lugar, podemos usar o raciocínio econômico: O Bolsa Família se resume a um repasse de dinheiro para uma determinada família que comprove ter baixa renda. Ok, bonito. Porém, onde esse dinheiro é gasto? O governo não liga. De fato, o pai de família pode pegar esse dinheiro  e gastar todo ele em um bordel qualquer. Ou ainda pode gastar comprando roupas para a filha, mesmo que uma calça jeans para uma moça de 16 anos custe mais de R$300,00. Perceberam a falta de esperteza? O governo não é capaz nem de solicitar uma nota fiscal que seja, algo que comprove que aquele dinheiro, de certa forma, entre novamente na economia. Nada disso... O importante é o cidadão receber o dinheiro....
Podemos também utilizar um aspecto psicológico para justificar nossos argumentos. Afinal, por que não lembrar daquele velho ensinamento que diz que é melhor ensinar um homem a pescar que dar-lhe um peixe? Há coisa mais verdadeira na sabedoria popular? Claro que não há! Inclusive, um ex-presidente da Republica, em plena campanha, criticou o presidente em exercício dizendo que esse tipo de benefício deixava o “caboclo” preguiçoso, sem vontade de plantar macaxeira... Perfeito!
E é neste ponto que as coisas ficam nebulosas para a nossa nação (incluindo aí as próprias pessoas que recebem o benefício).  Simplesmente dar uma grana para um cidadão comprar comida para a família não passar fome é uma medida, entendo, simplesmente emergencial. É algo que faz a fome ser amenizada no curto prazo, porém não é capaz de exterminá-la a longo prazo simplesmente por que não permite que o cidadão seja capaz de cuidar da própria família através do seu trabalho. Como já foi dito anteriormente, o “cabra” fica, sim, com preguiça de plantar macaxeira.
Isso é tão nefasto, tão injusto, que eu lhe convido a se colocar nessa situação... Já imaginou ser dependente de um cidadão que é dependente de esmolas do Estado? Já pensou não ser capaz de sustentar a própria família e acabar dependendo da boa vontade de políticos que não querem o seu bem estar, querem apenas o seu voto?
Insisto: Criamos uma geração dependente do Estado, sem vontade de crescer, sem vontade de oferecer o melhor pra si e para os seus. Eles contabilizam essa esmola do governo como algo obrigatório, o que mina sua vontade. Infelizmente, chegamos a um ponto em que isso simplesmente parece não ter volta.
E é por essas e outras que o crescimento do país é algo aleijado, é algo que acontece. Segundo nosso próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, o crescimento do país ocorre com as duas pernas mancas. E ele diz isso sabendo que está no comando da economia há quase uma década!
Portanto, não da para crer no país de forma macro, apenas de forma micro. Temos pessoas trabalhadoras, temos mentes diferenciadas... Podemos chegar longe. Se quer fazer algo pelo país, faça por você mesmo... Só assim você, e não a massa, guiará a nação rumo ao primeiro mundo.


Cristovam Ramos Neto

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